Nova Zelândia considera remover isenção fiscal de igrejas

Primeiro-ministro propõe explorar a possibilidade de impor impostos às igrejas, enquanto grupos cristãos defendem seu papel na comunidade

Por Da redação | www.portalalagoasnt.com.br 19/04/2024 - 14:45 hs
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O governo da Nova Zelândia está considerando a remoção do estatuto de isenção fiscal das igrejas, de acordo com uma declaração do recém-eleito primeiro-ministro, Christopher Luxon, membro ativo da Igreja Baptista da Nova Zelândia. Essa decisão tem gerado um intenso debate, impulsionado por críticas às igrejas, especialmente as megaigrejas, por não pagarem impostos sobre os rendimentos que geram.

 

 

A discussão sobre a isenção fiscal das igrejas tem ganhado destaque na mídia local, com a petição pública lançada em 2021 reunindo mais de 50 mil assinaturas. A petição exige que todas as igrejas comecem a contribuir com impostos, alegando que elas se beneficiam de um "passeio gratuito". No entanto, muitos grupos cristãos e igrejas rejeitam esse questionamento e destacam o papel positivo que desempenham na sociedade.

 

As igrejas argumentam que contribuem significativamente para a comunidade por meio de serviços sociais, como bancos alimentares, tratamento de dependência, programas parentais, reintegração de prisioneiros, escolas, lares de idosos e apoio espiritual, entre outros. Um pastor de uma igreja que administra um programa de intervenção contra gangues e apoio social criticou a proposta do primeiro-ministro Luxon, afirmando que, se a isenção fiscal for removida, ele enviará uma conta cobrando todos os custos dos serviços prestados gratuitamente.

 

 

É importante ressaltar que as igrejas na Nova Zelândia não recebem financiamento governamental, apesar dos benefícios sociais que oferecem à região. A discussão em torno da isenção fiscal das igrejas continua, e o país enfrenta um debate sobre o equilíbrio entre a contribuição social das igrejas e a necessidade de arrecadação de impostos.